sábado, 28 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Planejamento para o uso do Edublog:www.gestarlinguaportuguesa.blogspot.com

Tema geral a ser abordado: Ler, escrever e articular.
Área: Língua Portuguesa
Curso: Gestar II - Programa Gestão da Aprendizagem Escolar.
Público Alvo: Professores de Língua Portuguesa
Tipo de Edublog: Educativo e interativo
Conteúdos a serem abordados:
TP 1 – Linguagem e Cultura
TP 2 – Análise Lingüística e Análise Literária
TP 3 – Gêneros e Tipos Textuais
TP 4 – Leitura e Processos de Escrita I
TP 5 – Estilo, Coerência e Coesão
TP 6 – Leitura e Processos de Escrita II
Objetivo Geral:Promover um processo ensino e aprendizagem significativa e prazerosa da linguagem, de forma interdisciplinar, presencial e virtual, fazendo uso de um blog com perfil pedagógico, buscando a troca e a construção de conhecimentos, possibilitando a criação de um espaço de comunicação, publicação e disponibilização de informação por parte tanto da professora formadora como dos professores cursistas.
Papel do professor formador: Mediador, leitor e autor
Papel do professor cursista: leitor e autor

Atividades e oportunidades de aprendizagem a serem disponibilizadas no Edublog:
Fóruns para discussão e avaliação;
Enquetes após trabalhos realizados em sala de aula;
Postagem de fotos e textos;
Publicação de slides;
Publicação e postagem de reflexões de filmes relacionados aos temas em estudo, a partir do uso do You Tube;
Avaliação: Processual e formativa, analisando as produções dos professores cursistas e da própria professora formadora, bem como, as habilidades e competências desenvolvidas pelos professores cursistas, a partir das oficinas realizadas em sala de aula e das atividades feitas no edublog.
Expectativas:Dentro deste patamar nosso edublog estará publicando uma nova proposta pedagógica de Língua Portuguesa, apresentada pelo Gestar II – Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, centrada em estudos teóricos e práticos de forma interdisciplinar, significativa, prazerosa e interativa.
Professora Formadora: Silvânia Amorim Cruz
Escola Estadual Cônego Olímpio TorresTuparetama-PE
Fone: (0XX) 87 3828-1122
E-mail:gestar.linguaportuguesa@gmail.com
MSN: professorasilvania@hotmail.com

Memorial
Do meu primeiro contato com a escola tenho apenas flashs, não recordo de muita coisa. Lembro-me que minha professora era muito brava, que eu tinha medo dela, mas adorava estudar.
Certa vez, fui para a escola com catapora, fugi sem que minha mãe visse, pois detestava a idéia de perder aula.
Meus pais são analfabetos e o discurso que cresci ouvindo foi “a gente é pobre e só pode lhe dá estudo pra ser alguém nessa vida”.
Em casa, contato com livros só os que arranjava na escola, o que demorou a acontecer. Leitura e prazer não eram amigos, nem companheiros.
Descobri o encanto dos livros sozinha e a partir daí vivia lendo. Comecei a ouvir de pessoas próximas que outras haviam enlouquecido de tanto ler, porém não tinha esse medo.
Ler e escrever, na escola, resumia-se ao que duas educadoras tão bem definem:
“A essa escrita falseada falta um processo de retorno, pois falta, igualmente, um leitor à vista ou mesmo simulado. Nem mesmo o professor que vai ler os textos dos alunos costuma assumir esse papel de leitor, atropelado que é pelo de corretor. É difícil, nessas condições, isto é, sem saber para quem está escrevendo, alguém tentar ajustar-se ás condições da interação [...] Escrever é uma atividade:De interação;
Cooperativa;
Contextualizada;
Necessariamente textual;
Tematicamente orientada;
Que envolve, além de especificidades lingüísticas, outras, pragmáticas;
Que se manifesta em gêneros particulares de textos;
Que retoma outros textos”.
Antunes, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo:Parábola Editorial, 2005.
“[...] para a maioria, as primeiras lembranças da leitura são a cópia maçante, até a mão doer, de palavras da família do da, “Dói o dedo do Didu”; a procura cansativa, até os olhos arderem das palavras com dígrafo que deverá ser sublinhado naquele dia; a correria desesperada até o dono do bar que compra o jornal aos domingos, para a família achar as palavras com a letra J. Letras, sílabas, dígrafos, encontros consonantais, encontros vocálicos, “dificuldades” imaginadas e reais substituem o aconchego e o amor para essas crianças, entravando assim o caminho até o prazer”.
Kleiman, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas, SP: Pontes, 2007.
Acredito que me enquadro nessas citações. Ninguém, nessa época, leu para mim, acho que isso me marcou e reflete em minha vida hoje, como mãe e como professora, porque o primeiro presente que dei a meu filho foi um livro e, atualmente, já alfabetizado, temos momentos reservados à leitura, ora leio para ele, ora ele lê para mim.
Com meus alunos não é diferente, tento, às vezes com sucesso, às vezes sem, incentivá-los a ler.
Como, agora, trabalhamos a partir de gêneros, procuro dá sentido às atividades de leitura e escrita, de acordo com a função sócio-comunicativa do gênero em questão. Por exemplo:
Poema - organizamos (os alunos e eu) um sarau para os pais com obras de autores famosos e textos dos alunos.
Textos jornalísticos – produzimos o jornal da escola o qual circula na cidade.Crônica – fizemos um intercâmbio on-line com o autor da obra em estudo e elaboramos uma coletânea com nossas produções para a biblioteca da escola.
Muita coisa mudou desde minha infância até os dias atuais (ainda bem!), acredito que são poucas as escolas em que os alunos escrevem apenas para o professor e lêem somente para preencher fichas.
Professora Silvânia

Nós e os textos

Nós e os textos